segunda-feira, 4 de maio de 2009

A VIDA ENSINA

A vida me ensinou e aprendi,

que o verdadeiro amigo existe,

embora voce só o identifique

quando necessita e encontra

um ombro para chorar

 

A vida me ensinou e aprendi,

que o verdadeiro amor é tolerante e só quer o seu bem,

não exigindo nada em troca,

e é muito dificil de encontrar

 

A vida me ensinou e aprendi

que na abastança

seu mundo é um reino

onde você reina absoluto

Mas, quando em desgraça

só uns raros se acercam

e te animam

para que possas te reerguer

 

A vida me ensinou e aprendi

que ao lhe dizerem:

-Voce está bem, como sempre.

sem lhe perguntar como realmente

se sente, na verdade estão tirando das costas

o peso da responsabilidade

que só a amizade verdadeira carrega

 

A vida me ensinou e aprendi

que a inveja corrói

mais que o ácido

e quem a destila nunca se fere

 

A vida me ensinou e aprendi

que quando se ama, não se faz

desse amor um porto seguro,

mas sim uma estrada movimentada

 

A vida me ensinou e aprendi

que por mais que se diga

que não se escolhe o livro

pela capa, a verdade é bem ao contrário

 

A vida me ensinou e aprendi

que amor puro, sem reservas

só de mãe, de mais ninguém

 

A vida me ensinou e aprendi

que embora em vida, você tenha sido

tudo de ruim,

No seu enterro o choro alheio

fará de você um mártir.

(Obs. Não sou nenhum Shakespeare, mas a vida ensina)


terça-feira, 7 de abril de 2009

SOPHIE TUCKER

Uma cadela de estimação caiu de um iate na Austrália e foi encontrada quatro meses depois, em uma ilha remota.
  • A cadela Sophie Tucker...

  • ... que sobreviveu em ilha deserta


O animal, batizado de Sophie Tucker em homenagem a uma comediante americana, sumiu quando o iate de seus donos, Jan e Dave Griffith, navegava por mar agitado na altura de Mackay, na costa de Queensland, em novembro passado.
O casal achou que Sophie tinha se afogado, mas ela conseguiu nadar cerca de 9,7 quilômetros, atravessando uma área infestada de tubarões, e chegou à ilha de St Bees, uma formação vulcânica cercada de recifes.
A cadela foi encontrada por uma patrulha da guarda costeira. 
Jan Griffith disse que achou que nunca veria Sophie novamente, mas decidiu contatar a guarda de parques e vida marinha de Mackay depois que ouviu dizer que havia um cão vivendo em St Bees. 
Jan disse que Sophie, um cachorro da raça Australian cattle dog desenvolvida em fazendas australianas, sobreviveu alimentando-se de caranguejos até aprender a caçar filhotes de cabras selvagens. 
"Ela foi avistada em St Bees e estava em mau estado até que, de repente, melhorou de aparência e foi aí que eles descobriram que ela estava comendo cabras", contou Jan Griffith. 
"Ela tinha se tornado selvagem e feroz. Não deixava ninguém chegar perto ou tocar nela. Ela não aceitava comida de ninguém", acrescentou. 
Mas depois de um reencontro cheio de emoção, os donos de Sophie disseram que ela está se readaptando rapidamente ao conforto doméstico.(Publicado no Uol.com, hoje pela manhã).

Obs: Incrível, não é mesmo? Como amo animais, especialmente os cães, fiquei feliz por ela. Pensando bem, nado um quilometro e já fico esbaforida, imagina nadar quase dez num mar infestado de tubarões. Haja Deus! O instinto de sobrevivência falou mais alto em vários momentos e ela não esmoreceu. Acho um exemplo a ser seguido, por todos nós -  mesmo vindo de uma cadela - que algumas vezes desistimos no meio do caminho. Um abraço

quinta-feira, 2 de abril de 2009

UM POUCO DE SAUDOSISMO NÃO FAZ MAL

Hoje recebi um e-mail de uma amiga saudosista, mostrando a época em que podíamos tudo e não fazíamos nada. Explicando melhor, podíamos tudo: Ir à praia nos fins de semana. O posto quatro, em Copacabana, era o point da época. Mais tarde passou para o Arpoador. Cinema São Luiz, nos domingos pela manhã para assistir às premiéres, bem isso é o que dizíamos aos nossos pais, na verdade ninguém via o filme tanta era a bagunça e armação da garotada. Tipo despertador na hora em que o mocinho beijava a mocinha ou soltar uma chuva de  papel picado do terceiro andar (o cinema tinha três ou mais andares, não lembro bem). Também para vermos os garotos e sermos vistas, óbvio. Marcar encontro no Bobs em Copacabana depois da seção de cinema das quatro, do Roxy ou Rian. Ali na rua, sempre lotada nessa hora, com um sanduíche e um suco de laranja que não acabavam nunca, o footing era infalível. Sabíamos, na hora, quem estava com quem. A fofoca corria solta. Festinhas na casa de fulano ou fulana eram bem vindas. Carnaval de rua, só na Miguel Lemos onde se pagava para brincar e a vigilância dos pais imperava. Baile pré-carnavalesco impossível deixar de ir ao baile do Hawaii no Iate Clube. Famosíssimo. Carnaval mesmo era no Municipal, com seus desfiles intermináveis das fantasias de luxo. Último dia, nem precisava perguntar, Clube Monte Líbano, na Lagoa. E as festas de formatura, onde colocávamos longos e vaporosos vestidos e saltos altos, nem sempre permitidos? Voltar pra casa de madrugada, de bonde, a turma toda cantando na maior animação. Ir à praia ver o sol nascer e dpois passar na padaria da esquina para tomar aquele café com pão quentinho e muita manteiga. E a Barra da Tijuca? Deserta. Lá só de carro e isso era pra poucos. Enfim, foi gostoso relembrar, e tenho que reconhecer que tive infância, brincando na rua na frente de casa. As portas não eram trancadas e íamos de uma casa para outra, num entra e sai até a noite, quando então nos recolhíamos deixando as brincadeiras e ensaios de passos de dança para a próxima festinha para o dia seguinte. Afinal, ninguém queria tomar chá de cadeira. Essa foi minha fase pré-adolescente.  Não havia perigo de assalto, nem bala perdida. Foi uma época boa. Depois veio o progresso galopante que continua até hoje e agora mais alucinante ainda. Fico feliz de ter vivido aquela época e também de viver a atual. Gosto de tecnologia, de novidade. Adoraria dar uma voltinha num desses super jatos ou até mesmo ir à Lua. Mas, isso fica pra próxima. Dizem que a gente vai e volta, vamos ver se é verdade, se não for eu pego carona num quasar e vou escorregar na via láctea.

terça-feira, 31 de março de 2009

METENDO A COLHER

Uma coisa que minha avó sempre dizia era que “em briga de marido e mulher ninguém deve meter a colher”. Tudo bem. Penso que na verdade ninguém, além do próprio casal, sabe o que acontece na relação a dois; Porém, tenho uma amiga que está sofrendo do mal de amor e isso me dá certa vontade de dar meus palpites, coisa que até então não ousava. Ela e o namorado se amam de verdade, se completam, de uma maneira rara e difícil de encontrar hoje em dia. Ela é separada, com filhos, e ele os ama a todos sem distinção, outro fator difícil de achar. Mas, existe sempre o mas, não se sabe por que, vez por outra ele é acometido de sentimentos esdrúxulos, tipo “você é maravilhosa e mulher demais para mim” ou “não mereço ter uma mulher como você” e com isso, retorna a casa da mãe para uma expiação, tipo “mea culpa”. Não dá três semanas pede para voltar. A turbulência cessa e temos um mar de almirante, até começarmos tudo de novo. Ele sofre, ela sofre.. as crianças sentem falta....uma situação indescritível.  Gosto demais dos dois, assim, mesmo sem ser convidada enviei a ele minha opinião:

Alguns fatos que presenciamos nos fazem parar para pensar. Esse seu vai e vem é um deles. O tempo voa meu querido, e não devemos deixar passar aquilo que na nossa vida nos parece ser o que necessitamos e queremos. Somos senhores de nossa vontade e tudo que fazemos é com o consentimento único de nosso coração. Não adianta falar uma coisa quando nosso íntimo nos manda fazer outra. É preciso unir a mente e os cinco sentidos numa única direção, pois, se assim não estiverem alinhados, tudo que fizermos ou falarmos nos tirará o crédito que queremos ter. Somos o que aparentamos. Ninguém é obrigado a penetrar em nosso pensamento e adivinhar que estamos falando algo que não condiz com aquilo que estamos pensando. A credibilidade vem da nossa postura, do que falamos, de como agimos. O mundo gira muito rápido, as horas passam, os dias passam, não podemos perder tempo nem deixar para depois o que queremos agora. É preciso ter decisão e impor nossa vontade a nós mesmos. Se não conseguimos nos convencer, como convenceremos o próximo? Se começamos a colocar obstáculos no nosso viver é porque lá dentro, no nosso íntimo,  estamos renegando a maneira como estamos vivendo. Sempre é tempo de mudar, sempre é tempo de começar algo. O que não muda nunca nem pode mudar e a nossa Verdade. É isso que realmente queremos? Então vamos em frente para ver no que vai dar. Se é isso que não queremos de maneira nenhuma, então tenhamos a hombridade e maturidade para sermos transparentes e colocar a questão na mesa. A ausência de diálogo, o afastamento do convívio, são provas de fraqueza e não devemos nos permitir que assim seja. O mundo é dos fortes, os fracos sucumbem, desaparecem engolidos pela rapidez de nosso século. Sejamos honestos e transparentes. Isso nos fortalecerá sempre, e  saberemos que marcamos nosso lugar nesse mundo, e não simplesmente passamos por ele.

 Bjo grande  

quarta-feira, 25 de março de 2009

POIS É.

 Pois é, a grande verdade é que não gosto de chuva. Ela me deprime. E aqui por essas bandas a chuva não está dando trégua. Minha filha colocou a casa á venda e está mudando para uma menor, o que significa uma semana inteira de trabalho para mãe e filha, obviamente. A separação dela do marido não está sendo tranquila, e isso me abalou e a toda família. Fico pensando que nascemos, lindos e fofos bebês, crescemos, crianças mimadas, o centro de atenção da casa, casamos com festa e votos de felicidade eterna, procriamos num recomeço, e de repente, pumba! Cada um para um lado, crianças atordoadas, pois amam seus pais e os querem juntos, a família sem saber o que fazer ou como agir. Aquele rapaz, ou moça, que achávamos um exemplo de criatura e a quem tratávamos como um filho(a), agora nos passa a imagem de um monstro de vídeo games. Talvez não seja, mas é a impressão que nos dá, pois nos mostra a outra face: a da discórdia, do interesse, da disputa, do escárnio. Enfim, colocar uma escova de dente ao lado da outra nunca foi nem será uma tarefa fácil. São Seres completos e diferentes que se juntam, na tentativa de levar adiante uma união, com projetos de vida definidos e por que não, sonhos, muitos sonhos. Meu pai morreu antes dos quarenta anos, mas, o pouco que me lembro da convivência dele com minha mãe, serviu-me como base para tentar no futuro, criar uma família e dedicar-me a ela. Sinceramente, não sei o que acontece com os casais atualmente. Acho que a liberação feminina foi muito boa, mas esqueceram de alicerçar alguns valores, entre eles o da família. Hoje em dia os casais  conversam muito quando em grupo, mas, não tem o que dizer quando estão a sós. Muitos na verdade, não curtem fazer programas a dois, preferem estar sempre cercados dos amigos. As crianças, na creche ou com babás, pois as mamães precisam trabalhar, dispõe de pouco tempo com os pais, cansados e carregados de problemas. Isso que percebo nessa geração. Pode ser que esteja errada, por que não? Mas, só posso aquilatar o que vejo, e o que vejo me entristece quando percebo a infelicidade nos olhos e na conduta de certas crianças. A liberação feminina trouxe a dupla jornada de trabalho para as mulheres, sendo que algumas mães se culpam e se esforçam acima de seus limites para serem as mães presente, esquecendo de seus direitos ao lazer, e da vida a dois. Junte-se o cansaço, os problemas financeiros e a ausência daqueles momentos íntimos, o amor parece que se esvai e temos aí o fermento para uma separação. Talvez fosse melhor continuar naquela vidinha de nossas avós, só tricotando e freqüentando saraus. Não havia a questão de direitos iguais, todavia não deixavam de ser as senhoras da casa preocupadas tão somente com os afazeres do dia a dia. Penso que, escovas de dente juntas não é tarefa fácil, requer jogo de cintura, compreensão, inteligência, dedicação, desprendimento e muito, muito amor. Pois é, como já disse, a chuva me deprime, por isso vou ficando por aqui. Agora é tocar pra frente e esperar por um novo amanhecer, e que ele seja profícuo em calor humano, amor e novos sonhos.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Saudade

Lembro bem quando chegou. Magra, comprida, nervosa. Nessa hora pensei comigo mesma: Mais uma não vou dar conta. Veio com lençol e coberta azul, e deles não se desfazia por nada. Só comia se eu ficasse ao seu lado e a água que bebia fresca e colocada na hora, não podia ser deixada em seu pote, pois não o utilizaria mesmo. Esperaria por uma nova, fresca e colocada quando tivesse sede. Soube que dormia na cama com os donos e não pisava lá fora por nada.
Falar a verdade não sei se a situação era cômica ou trágica. Estava diante de uma cadela pastor alemão que fora criada e se portava como um desses cães dito de luxo que andam no colo. Mas, o meu amor por animais e, em especial por cães, é incomensurável. Daí, com paciência, alguns meses depois as coisas já estavam como deveriam ser, com a Steff, esse o nome dela, habitando uma das alas do canil, sem suas cobertas, saudável e completamente entrosada com os outros cães.
Lá se vão treze anos. Felizes, posso dizer. Dei e recebi muito carinho dessa amiga canina. Neste carnaval ela começou a apresentar sinais de que algo não ia bem. Já não corria mais, nem pulava, parecia cansada. A idade estava pesando. Comecei a preocupar-me mais ainda quando no domingo de carnaval a encontrei totalmente prostrada e sangrando. Não vou colocar aqui detalhes, apenas dizer que ela teve falência múltipla dos órgãos, e uma morte só prorrogada devido aos cuidados dos médicos veterinários e de minhas orações. Mas, a hora era chegada e assim, de um dia para o outro, fiquei sem sua presença.
Só aqueles que realmente se importam com os animais sabem da dor que nos consome nessa hora. Não é só a dor da perda, é também da nossa completa impotência diante da morte. Já tinha perdido uma cadela poodle com 13 anos, e tenho mais dois cães que estão nessa fatídica faixa etária.
A morte dos nossos animais queridos nos remete a perda de nossos entes amados e grande amigos que já se foram, e querendo ou não, acabamos confundindo nossas lembranças e misturando tudo, o que só faz aumentar mais ainda nossa dor.
Esses dois últimos anos não foram bons. Tive muitas perdas, assim, acho melhor parar por aqui. Não quero ser saudosista, não sou saudosista, a não ser nessas horas em que a velha senhora e eu ficamos frente a frente.
Sei que a Steff está correndo pelos jardins do Eden e isso me deixa feliz. Um dia, certamente, estarei lá também, todos juntos num grande piquenique.

O meu nome

Meu nome é Tarma. Sempre achei um nome diferente e é. Certa feita, por curiosidade, abri a internet e procurei Tarma na wikipédia. Fiquei assustada com a quantidade de páginas, só que a referência era uma província peruana cuja capital Tarma também é conhecida como a Pérola dos Andes. Uma vez por ano fazem festa com muitas flores e muitos turistas. Fica lá no alto mesmo.

Também descobri o Tarma Designs de jóias, e finalmente o Tarma da Editora Scotecci, que sou eu. Gosto do meu nome e gosto que ele seja diferente. Sou mulher, sou vaidosa, tenho todos os vícios e virtudes que o sexo feminino carrega. Também sou mãe e avó e leonina. Acredito mesmo no poder dos signos. E sou leonina da cabeça aos pés, também com todas as vicissitudes deste maravilhoso signo, onde o Sol é regente. Por isso sou como sou. Falo o que penso e só depois penso no que falei, mas aí, já falei e pronto. As palavras, as pedras atiradas e o tempo não voltam atrás. Minha vida é o presente e o futuro, passado é passado. Tenho igual respeito pela Vida e pela Morte mas não as temo: a primeira enfrento a segunda espero e quando vier que venha em Paz. ....Acho que amo escrever...Tenho tanto dentro de mim ainda para colocar para fora...Sempre achei que deveria ter começado mais cedo, mas, tudo na vida tem seu tempo e creio que meu tempo é esse.

A origem do por que desse blog é a vontade que sinto de escrever o que penso. E também o de manter contato com pessoas que deem sua opinião sobre os assuntos que serão tratados aqui. Todos os comentários, sérios, serão bem vindos. Um grande abraço